O Território

Também chamado de República Libanesa, o Líbano está localizado na Ásia Ocidental e ocupa uma área de 10.400km². O país conta com 5,8 milhões de habitantes, segundo o último senso (realizado em 2015).  

Fenícios

O Líbano foi um importante centro de comércio para os antigos fenícios. Apesar de serem conhecidos assim, na verdade falamos dos cananeus – povo semita descendente de Canaã (segundo filho de Noé). Nunca houve um Estado fenício: cada cidade-estado era uma área independente.

Com a madeira dos tradicionais cedros libaneses, os fenícios construíram barcos e começaram o comércio marítimo.

Invasões

Os libaneses passaram então a ter destaque como artesãos, e também no comércio de madeira de cedro, incenso e vidro, o que chamou a atenção de outros povos, como hititas, khuritas e hicsos, que começaram a atacar o país, que foi invadido pelos hicsos no início do século XVII e permaneceu dominado por 200 anos. Depois disso, o Líbano esteve sob domínio egípcio, no século XV.

Ascensão comercial

A independência dos fenícios veio após a decadência do império egípcio. Nos três séculos seguintes, conseguiram recuperar o comércio marítimo e expandiram a economia para todo o Mediterrâneo, norte da África, e parte da Europa.

Foram fundadas colônias comerciais no Mediterrâneo, com trocas de produtos com Europa, Egito e África.

Os fenícios criaram o alfabeto de 22 símbolos fonéticos em 2.000 a.c., e a criação substituiu os hieróglifos egípcios, gravuras mesopotâmicas, e tornou-se a base de todos os alfabetos que existiriam em seguida.

Novas dominações

Mesmo com a expansão econômica e a contribuição cultural, novamente a Fenícia foi invadida e dominada por assírios, babilônicos, persas, gregos, bizantinos, e otomanos.

Esta última dominação, a otomana, trouxe ao Líbano um período de paz, com diversas escolas fundadas, inclusive.

O primeiro êxodo

Durante uma visita do Imperador Dom Pedro II ao Líbano, em 1876, foi feito um convite para que os libaneses viessem ao Brasil, uma vez que o imperador ficou encantado com o povo libanês. Em 1880 aconteceu o êxodo libanês, já que no Líbano aconteciam constantes conflitos entre drusos e cristãos.

Novamente, o país passou por dificuldades sociais e políticas após o êxodo, e esta situação perdurou até o mandato francês, quando a República do Líbano foi fundada (ainda sob tutela da França).

A independência do Líbano

Mesmo com as melhorias feitas pelos franceses, o povo libanês pedia por independência e tinha apoio dos demais Estados árabes. A França, então, declarou a independência do Líbano, em 1943.

A partir daí, começaram disputas políticas entre as grandes famílias libanesas. Houve crescimento expressivo da economia e da cultura entre 1954 e 1967, mas depois da derrota contra Israel, palestinos refugiados no Líbano acabaram por se aliar a esquerdistas libaneses e muçulmanas, o que gerou novas tensões políticas.

Guerra Civil

Estes grupos ganharam força no Líbano após o massacre na Jordânia. Mesmo com a tentativa de controle do exército e ajuda da ONU para solucionar a causa palestina, em 1975 o Líbano entrou em guerra civil. Beirute ficou dividida em duas partes: lado cristão e lado muçulmano.

No segundo ano de guerra civil, os palestinos no sul do Líbano foram atacados por Israel. 200 mil pessoas foram mortas, 18 mil ficaram desaparecidas, 300 mil foram feridas, o país ficou destruído e então aconteceu um novo êxodo, que contabilizou cerca de 450 mil libaneses que deixaram o país.

Infelizmente entre os anos 2000 e 2006, o Líbano foi novamente alvo de ataques israelenses, ficando novamente devastado.

Depois de anos envolvido em conflitos externos e internos, a economia libanesa, que antes era uma das maiores do Oriente Médio, enfraqueceu.

Situação atual

Atualmente o PIB do Líbano é formado pela agricultura em 20%, indústria que também forma 20% da renda, e os 60% restantes são provenientes de serviços.

O turismo no país também tem diminuído cada vez mais, uma vez que a guerra na Síria ameaça as fronteiras com o Líbano.