Algumas vezes tive que responder porque gosto tanto do Líbano ou o que o Líbano tem de tão bom pra eu gostar tanto de lá. Confesso que essa não é uma resposta fácil. Porque o Líbano não se explica pela lógica, o Líbano se vive, se sente.

Diferente dos descendentes de alemães, italianos ou espanhóis, por exemplo, que ao terem a oportunidade de visitarem suas terras ancestrais se deparam com uma infraestrutura invejável, metrô, trem e outros transportes coletivos que realmente prestam um bom serviço, no Líbano não há nada disso. E eu preciso ser honesto, o congestionamento no horário de rush em Beirute não perde pros das nossas cidades. E eles costumam dizer: “Quem dirige no Líbano pode dirigir em qualquer lugar do mundo!”.

Ainda em comparação às imigrações europeias, os descendentes dos países do velho continente veem no requerimento da cidadania uma possibilidade de terem uma porta aberta pro mundo. Entretanto o passaporte libanês não apresenta as mesmas vantagens. A lista de países que isentam a necessidade de visto para os “brimos” e “brimas” não é muito extensa.

 Você viu? A Rainha Elizabeth enalteceu o Líbano durante o aniversário dela!

Mas então porque todo esse interesse? Por quê a cada ano que passa o número de descendentes que buscam os consulados para protocolar requerimento de cidadania só aumenta?

Porque o Líbano é mais um sentimento do que apenas um lugar. Porque somos ensinados por nossos pais e avós a olhar para o Líbano não apenas como uma terra de oportunidades, mas como um lar. Uma terra que a despeito de todas as crises e problemas enfrentados, estará sempre de braços abertos pra nos receber de volta e que não olha pra nós como um(a) estrangeiro(a), mas como um(a) autêntico(a) libanês(a).

Pisar no Líbano é uma emoção pra qualquer pessoa. São mais de 7000 anos de história ininterrupta. Não dá pra passar por lá como quem dá uma volta no shopping. Entretanto pra nós que temos o sangue libanês, estar lá é viver o indescritível. E por isso é tentar explicar o inexplicável.

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Sobre o Autor

Márcio A. Sawan

Marcio A. Sawan é carioca e descendente de libaneses. Tem 36 anos, e é casado com uma libanesa. Ah! Ele é pai de duas meninas e um menino! Carinhosamente apelidado como “Brimo”, Marcio esteve no Líbano pela primeira vez aos 19 anos e apaixonou-se pelo país. Desde então, já esteve 7 vezes no nosso queridíssimo Líbano! Brimo é bacharel em Direito, estudante de Teologia e História. Contribui com a divulgação da cultura libanesa através do perfil Made in Líbano, que existe no Instagram e também no Facebook.

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