Marhaba, brimos e brimas! Hoje vou falar um pouco da minha experiencia no Líbano (e também em Dubai) durante o Ramadã.

Bom, você já viu aqui no blog do que se trata o Ramadã e o quanto ele é importante para os islâmicos. Mas em que ele pode interferir na sua viagem à países com maioria muçulmana ou oficialmente islâmicos?

Há quase dez anos eu e minha esposa nos casamos no Líbano durante o Ramadã. E eu posso te garantir: se você não é muçulmano(a), assim como nós também não somos, estar no Líbano durante o mês sagrado dos brimos islâmicos não será problema pra você. Pelo contrário, você poderá desfrutar de algumas “vantagens”.

Por conta do jejum, muitos daqueles/as que o praticam evitam sair ou até mesmo se veem limitados/as em algumas tarefas e por conta disso alguns pontos turísticos que costumam ficar lotados ficam mais tranquilos durante o Ramadã. Não só os pontos turísticos, mas no horário do jejum muitos lugares ficam mais transitáveis.

Outra vantagem é que no período do Ramadã muitos restaurantes e docerias montam cardápios especiais para atender o público islâmico no horário em que comer e beber é permitido. Esses cardápios costumam ser fantásticos. Sem dúvida é uma das melhores épocas do ano pra comer no Líbano. Fora que muitas docerias islâmicas oferecem maamoul gratuitamente pros seus clientes (muçulmanos ou não).

No Líbano, Mesquita e Igreja Católica ficam lado a lado.

Enfim, devo ir?

Resumindo, viajar para o Líbano durante o Ramadã é uma boa mesmo que você não seja muçulmano. Você pode fazer tudo que faz no resto do ano sem nenhuma restrição e com algumas “vantagens”. Além de ter a oportunidade de fazer uma imersão cultural e religiosa sem ser obrigado a participar dela.

Agora fique atento(a), o mesmo não é verdade em países árabes onde o islamismo é a religião oficial. Em muitos desses países, como é o caso dos Emirados Árabes, comer e beber na rua durante o mês sagrado é totalmente proibido, aliás, é crime! Nós passamos a nossa lua de mel em Dubai e lá você pode ser preso(a) se beber uma água na rua! Infelizmente só descobrimos isso quando estávamos lá.

(Logo nos primeiros dias fomos conhecer o Dubai Mall e tínhamos planejado ir a algum bom restaurante lá. Pra nossa surpresa todos estavam fechados. Havia apenas uma pizzaria aberta na praça de alimentação onde o pedido não poderia ser consumido lá. O atendente da pizzaria, um cristão das filipinas, disse que comia no banheiro pra não ser preso e nos orientou a comer no carro, escondidos).

Nesses países somente é permitido comer e beber dentro dos hotéis no horário do jejum e todos os restaurantes ficam fechados durante o dia.

Por fim, o Líbano dá uma aula de convivência inter-religiosa nesse sentido. Vale a visita em qualquer época do ano.

Veja aqui como é a maior Mesquita do Líbano por dentro!

Boa viagem!

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Sobre o Autor

Márcio A. Sawan

Marcio A. Sawan é carioca e descendente de libaneses. Tem 36 anos, e é casado com uma libanesa. Ah! Ele é pai de duas meninas e um menino! Carinhosamente apelidado como “Brimo”, Marcio esteve no Líbano pela primeira vez aos 19 anos e apaixonou-se pelo país. Desde então, já esteve 7 vezes no nosso queridíssimo Líbano! Brimo é bacharel em Direito, estudante de Teologia e História. Contribui com a divulgação da cultura libanesa através do perfil Made in Líbano, que existe no Instagram e também no Facebook.

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