Um relatório divulgado em junho pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), aponta que o crescimento da economia no Líbano deve fechar entre 1% e 1,5% em 2018, porém, no médio prazo, pode aumentar para 3%. Segundo o órgão, a situação econômica libanesa é dependente do setor imobiliário e da construção, e grita por uma recuperação intensa e em curto prazo, o que é praticamente impossível. Apesar disso, o Conselho Executivo do FMI acredita que, no futuro, o Líbano tenha potencial de avanço, consideradas as políticas atuais: a inflação de 5% no ano passado, e o alto custo para importação de petróleo impossibilitavam a evolução econômica do país até então. Uma resolução antecipada do conflito da Síria também beneficiaria o Líbano, visto que o grande número de refugiados que chegam ao país acaba por afetar o crescimento, além de sobrecarregar os serviços públicos e a infraestrutura. Mesmo com a perspectiva positiva, o FMI ressalta que também existem riscos e vulnerabilidade por questões internas que podem interferir nas entradas de capitais, que regrediram em 2017 com a crise política. A situação econômica libanesa atual é difícil: déficit, condições financeiras restritivas e dívida pública elevada, o que leva o país a precisar de ajuda internacional para conseguir receber refugiados sírios. As autoridades libanesas devem usar o atual impulso político e promessas financeiras feitas durante a Conferência Econômica para o Desenvolvimento, Reformas e Negócios, que aconteceu na França, para enfrentar os conflitos econômicos tanto internos como externos, e obter, assim, maior credibilidade com investidores. Segundo o FMI, a estratégia fiscal deve ser bem definida para que a dívida pública a princípio se estabilize e, em seguida, regrida.
