Partiu Líbano

Museu de Santos estuda cultura do café árabe

O café árabe está em evidência no Museu do Café de Santos, no litoral paulista. Pesquisadores analisam e registram depoimentos de imigrantes de países árabes com abordagem no grão de café.

Quem trabalha no projeto são os pesquisadores Bruno Bortoloto e Pietro Amorim. Batizada de Memórias do Café Árabe, a pesquisa pretende acessar a história do café sob um novo olhar.

O projeto teve início depois de um contato estabelecido pela diretoria do museu santista com o Museu do Café de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 2016.

Segundo os historiadores envolvidos nessa pesquisa, a cultura do café árabe é pouco estudada. É conhecida a forma de preparar o café, mas não os ritos e tradições que existem por trás de tudo isso. 

Uma curiosidade muito interessante que foi apurada no processo de elaboração da pesquisa é que o café árabe foi tombado em 2015 pela Unesco como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade. Os inventários do tombamento foram encontrados em Omã, nos Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita – documentos de extrema utilidade aos pesquisadores, já que apresentam características das tradições, ritos, e objetos utilizados no preparo.

E falando nos utensílios… foram encontrados diferentes nomes para o mesmo objeto. No Mediterrâneo, o instrumento é chamado de rakwe. No Golfo, é conhecido como dallah.

Quando a exposição for aberta, os visitantes terão a oportunidade de observar xícaras tradicionais, conhecidas como funjalsou finjians, além da panela de torra e mexedor. Os objetos foram doados pelo museu de Dubai.

A mostra é esperada para o final de 2019. 

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